Retiro Tuga

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Os Óscares contra a crise

Correram com os comediantes da apresentação, trouxeram Hugh Jackman, o "sexiest man alive". Da cerimónia pouco se sabe. Baz Luhrmann vai coreografar um número musical.

Jack Nicholson de óculos escuros na primeira fila? Não sabemos. Quem vai apresentar o Óscar de melhor documentário curta-metragem? Não sabemos. Mais ou menos de três horas de duração? Não sabemos. Uma certeza, Hugh Jackman, o "sexiest man alive" segundo a revista "People", vai ser o apresentador da 81ª edição dos Óscares (na madrugada de domingo para segunda-feira, a partir da meia-noite, hora de Lisboa, com transmissão em directo na TVI) e mesmo ele, que tem um filho chamado Óscar, diz pouco. "Vou apresentar os Óscares todo nu e bêbado. À australiana."

Em 2008, a maratona televisiva da entrega dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas teve as suas piores audiências de sempre, 32 milhões de espectadores nos EUA, menos um milhão que em 2003, o anterior recorde negativo. "O espectáculo vai correr alguns riscos", diz Sid Ganis, presidente da Academia, que tem mantido tudo em segredo - os jornais norte-americanos dizem até que alguns dos apresentadores vão entrar no Kodak Theatre às escondidas e sem passar pela passadeira vermelha, para manter o mistério até à hora da transmissão e fazer render o efeito surpresa.

A única certeza absoluta é a do nome do apresentador, Hugh Jackman, que rompe com uma tradição dos Óscares de terem um comendiante como anfitrião. Bob Hope é o recordista de presenças (18) e Billy Crystal o mais marcante das últimas décadas, mas a tarefa de ir entretendo o público e os espectadores nos intervalos das entregas das 24 estatuetas douradas tem sido disperso por vários nomes Whoopi Goldberg, David Letterman, Steve Martin, Chris Rock, Ellen DeGeneres e Jon Stewart (apresentador em 2008).

Números musicais (um deles coreografado por Baz Lurhmann, realizador de "Austrália"), as estrelas juvenis de "High School Musical" e "Brangelina" (Brad Pitt e Angelina Jolie) na passadeira vermelha e nas listas dos nomeados são outros ingredientes para a Academia tentar reconquistar audiências e receitas, num ano de recessão económica e em que apenas dois nomeados na categoria de melhor filme são razoáveis êxitos de bilheteira - "O Estranho Caso de Benjamin Button", com 122 milhões de dólares, e "Quem Quer Ser Bilionário?", com 88 milhões, mais do que a soma das receitas dos outros três nomeados, "Milk" (26,7 milhões), "A Leitora" (19,4 milhões) e "Frost/Nixon" (16,5 milhões). Por aqui se explica que a Academia esteja tão preocupada com as audiências este ano: não há nenhum filme de vocação popular como "Titanic" ou "O Senhor dos Anéis" na corrida.

Quem não estará em palco será Peter Gabriel, que se recusou a cantar apenas 60 segundos da canção que fez para "Wall-E" e que é uma das três músicas nomeadas, entre duas de "Quem Quer Ser Bilionário?" - costumavam ser cinco e interpretadas ao vivo durante o espectáculos, mas, desta vez, serão integradas num "medley" que não deverá exceder os três minutos. O ex-Genesis estará apenas na plateia.

Os próprios Óscares também sofrem com a crise. O custo de 30 segundos de publicidade desceu de 1,7 milhões de dólares para 1,4 milhões e muitos dos habituais patrocinadores não investiram, como a L'Oreal e a General Motors - e pela primeira vez em 50 anos, a Academia permitiu que os estúdios colocassem publicidade aos seus filmes nos intervalos da transmissão, com a condição de estes apenas se estrearem depois da cerimónia. A ABC, que transmite a cerimónia em directo, vai ter apenas 68 milhões de dólares de receitas publicitárias, menos 16 por cento que os 81 milhões em 2006.

As festas pré e pós cerimónia também sofreram "downsizing". A festa da "Vanity Fair", uma das mais concorridas e selectas da noite dos Óscares (que foi cancelada em 2008 por causa da greve dos argumentistas), vai reduzir a lista de convidados e reciclar a decoração de anos anteriores, enquanto Prince, que também costuma organizar uma das festas mais badaladas da noite em Beverly Hills, está a aguardar até à última hora para dizer se dá uma festa ou não, à espera, dizem os norte-americanos, do que Madonna vai fazer, se ela vai organizar a sua própria festa e apresentar o novo namorado, um modelo de 22 anos, à sociedade.

"Geralmente, na noite dos Óscares, as pessoas vão de ‘limousine' de uma festa para a outra, mas este ano qualquer estúdio que tenha um nomeado vai limitar-se a um jantar para poucas pessoas. Não vai haver festas com mais de 500 pessoas", diz Chris Bennaroch, organizador de eventos de Los Angeles. Hollywood também está a cortar nas despesas com a vaidade. Apesar do negócio ter aumentado nas últimas semanas, a procura da cirurgia plástica, segundo conta a AFP, também decresceu em relação a anos anteriores. "Os números estão mais baixos e algumas celebridades menores estão a cortar em determinadas coisas", conta Michael McGuire, um cirurgião plástico de Santa Mónica.

Nos últimos dias andou a circular por Hollywood uma lista com o carimbo da PriceWaterhouseCoopers, a empresa de auditoria que controla a votação, que indicava os vencedores. Tudo não terá passado de um embuste, diz a Academia, mas o que vinha nesse documento não andará longe da verdade. "Quem Quer Ser Bilionário?" é o grande favorito para conquistar os prémios de melhor filme e melhor realizador (Danny Boyle), derrotando "O Estranho Caso de Benjamin Button", o recordista de 2009 em número de nomeações (13) e o maior dos cinco (166 minutos).

A tal lista falsa também dava Mickey Rourke como o vencedor na categoria de melhor actor, como um lutador envelhecido em "O Wresler", mas aqui as opiniões dividem-se, atribuindo algumas hipóteses a Sean Penn em "Milk", que poderia ser o seu segundo Óscar depois de "Mystic River". À sua sexta nomeação, Kate Winslet também não deverá deixar escapar o Óscar, apesar da oposição de Meryl Streep (13 nomeações e dois Óscares) e da estreante Anne Hathaway.

O momento emocional da noite está marcado para quando for entregue o Óscar de melhor actor secundário (que em anos anteriores seria um dos primeiros da noite). Heath Ledger, falecido há pouco mais de um ano por "overdose" de medicamentos num apartamento em Nova Iorque, está nomeado pelo seu Joker de "O Cavaleiro das Trevas" e ninguém pensa em outro resultado que não seja o segundo Óscar póstumo, depois do prémio de melhor actor para Peter Finch em 1976 pelo seu papel em "Escândalo na TV".

Fonte: Público

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