Dimensão do novo atractivo da margem esquerda de Coimbra surpreende pela negativa.
O gigantesco placard, bem visível ao longe, dizendo “Piscina”, anuncia que está para breve a abertura das tão esperadas piscinas descobertas projectadas pelo CoimbraPolis para a margem esquerda, entre as pontes pedonal e Rainha Santa Isabel. Por enquanto, ultimam-se trabalhos nos equipamentos de apoio à piscina, nomeadamente no restaurante e cafetaria que também ali funcionarão, mas quem por ali passa não resiste a “deitar o olho” e a opinião é unânime: desilusão.
Se tivermos em conta as muitas centenas de pessoas que semanalmente se passeiam pela margem esquerda e direita do Mondego e se sublinharmos que a obra, um investimento de mais de 1,6 milhões de euros, foi apontada como «um elemento de grande atractividade para usufruto da zona ribeirinha» e «uma alternativa à praia fluvial», encontrar um tanque para crianças de sete por sete metros e uma piscina de 23 por 16 metros é, para as pessoas que já mataram a curiosidade, «algo ridículo e completamente impensável» numa cidade como Coimbra.
Que o diga Rui Jorge que aproveitou o convidativo dia de sol para passear com a filha e a sobrinha à beira-rio e decidiu espreitar para dentro das futuras piscinas onde, pensava ele, poderia ir já este Verão passar uns bons momentos com a família. Afinal, continuará a preferir a praia, o rio ou até mesmo a piscina insuflável que comprou no Verão passado àquele novo espaço de lazer da cidade.
«Estão a brincar connosco. Se era para fazer isto, mais valia estarem quietos», desabafa, considerando que o investimento naquela infra-estrutura é «dinheiro para deitar fora». «E é dinheiro nosso», recorda, desiludido e até um pouco revoltado por encontrar um «tanque de miniatura» para adultos e outro para as crianças «que nem lhes chega aos joelhos». «Estava à espera do dobro ou do triplo», acrescenta.
“Grande desilusão”
E espaço não falta na antiga Quinta da Várzea para fazer maior. É o que sublinham Carla Ribeiro e Daniel Ramos, um dos muitos casais que também passeiam na margem esquerda e que aproveitam para espreitar para a tão esperada piscina.
«Vimos que estava aberta e decidimos ir ver», contam, confessando-se desiludidos pela dimensão da obra e curiosos por saber a confusão que será, dentro em breve, quando, noutro dia convidativo de sol, e já com a piscina aberta, centenas de pessoas se atropelarem literalmente para dar umas braçadas à beira-rio.
«Num dia de Verão com muita gente não vai dar sequer para ninguém se mexer», prevêem, recordando que o Parque Verde, tanto na margem esquerda, como na margem direita, é um dos locais mais aprazíveis e mais procurados em dias de sol para momentos de lazer. Sem negar totalmente que procurará as novas piscinas descobertas da cidade, este casal garante que apenas o fará «se estiver pouca gente. Se não, será um inferno».
«Não percebo como é que, com tanto espaço, não fizeram aqui uma coisa maior, tipo praia fluvial. No sítio onde está não há desculpa para não terem feito maior», remataram, confessando que aquela que foi anunciada como uma das obras mais importantes do Programa Polis, nomeadamente no que diz respeito à actractividade desejada ao rio Mondego, é vista como uma «grande desilusão».
O Diário de Coimbra tentou obter explicações e uma data previsível para a inauguração das piscinas junto do vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, mas João Rebelo, também um dos administradores da já extinta CoimbraPolis, preferiu prestar declarações apenas quando estivesse na posse de toda a documentação sobre o processo.
O gigantesco placard, bem visível ao longe, dizendo “Piscina”, anuncia que está para breve a abertura das tão esperadas piscinas descobertas projectadas pelo CoimbraPolis para a margem esquerda, entre as pontes pedonal e Rainha Santa Isabel. Por enquanto, ultimam-se trabalhos nos equipamentos de apoio à piscina, nomeadamente no restaurante e cafetaria que também ali funcionarão, mas quem por ali passa não resiste a “deitar o olho” e a opinião é unânime: desilusão.
Se tivermos em conta as muitas centenas de pessoas que semanalmente se passeiam pela margem esquerda e direita do Mondego e se sublinharmos que a obra, um investimento de mais de 1,6 milhões de euros, foi apontada como «um elemento de grande atractividade para usufruto da zona ribeirinha» e «uma alternativa à praia fluvial», encontrar um tanque para crianças de sete por sete metros e uma piscina de 23 por 16 metros é, para as pessoas que já mataram a curiosidade, «algo ridículo e completamente impensável» numa cidade como Coimbra.
Que o diga Rui Jorge que aproveitou o convidativo dia de sol para passear com a filha e a sobrinha à beira-rio e decidiu espreitar para dentro das futuras piscinas onde, pensava ele, poderia ir já este Verão passar uns bons momentos com a família. Afinal, continuará a preferir a praia, o rio ou até mesmo a piscina insuflável que comprou no Verão passado àquele novo espaço de lazer da cidade.
«Estão a brincar connosco. Se era para fazer isto, mais valia estarem quietos», desabafa, considerando que o investimento naquela infra-estrutura é «dinheiro para deitar fora». «E é dinheiro nosso», recorda, desiludido e até um pouco revoltado por encontrar um «tanque de miniatura» para adultos e outro para as crianças «que nem lhes chega aos joelhos». «Estava à espera do dobro ou do triplo», acrescenta.
“Grande desilusão”
E espaço não falta na antiga Quinta da Várzea para fazer maior. É o que sublinham Carla Ribeiro e Daniel Ramos, um dos muitos casais que também passeiam na margem esquerda e que aproveitam para espreitar para a tão esperada piscina.
«Vimos que estava aberta e decidimos ir ver», contam, confessando-se desiludidos pela dimensão da obra e curiosos por saber a confusão que será, dentro em breve, quando, noutro dia convidativo de sol, e já com a piscina aberta, centenas de pessoas se atropelarem literalmente para dar umas braçadas à beira-rio.
«Num dia de Verão com muita gente não vai dar sequer para ninguém se mexer», prevêem, recordando que o Parque Verde, tanto na margem esquerda, como na margem direita, é um dos locais mais aprazíveis e mais procurados em dias de sol para momentos de lazer. Sem negar totalmente que procurará as novas piscinas descobertas da cidade, este casal garante que apenas o fará «se estiver pouca gente. Se não, será um inferno».
«Não percebo como é que, com tanto espaço, não fizeram aqui uma coisa maior, tipo praia fluvial. No sítio onde está não há desculpa para não terem feito maior», remataram, confessando que aquela que foi anunciada como uma das obras mais importantes do Programa Polis, nomeadamente no que diz respeito à actractividade desejada ao rio Mondego, é vista como uma «grande desilusão».
O Diário de Coimbra tentou obter explicações e uma data previsível para a inauguração das piscinas junto do vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, mas João Rebelo, também um dos administradores da já extinta CoimbraPolis, preferiu prestar declarações apenas quando estivesse na posse de toda a documentação sobre o processo.
Fonte: Diário de Coimbra
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